Empório das Corujas

Quando adentro no empório, ouço um toque de sininho e logo o cara que estava atendendo vem em direção à mim. Ele começa a mostrar vários tipos de coruja, e eu as vejo uma por uma, mas parecia que nenhuma delas gostavam de mim. Fico andando pela loja, havia tantas corujas que era muito difícil escolher, mas eu tinha de fazer isso logo, pois as aulas já iriam começar e eu ainda não tinha praticamente nada, além de uma varinha ― apesar de ser o básico para um bruxo ―, eu tinha de me mexer logo. Ainda tinha tantas coisas como os livros, a vassoura e... Opa, esqueci minha lista na loja de varinha, ah, não acredito nisso, mas eu é que não irei voltar naquele lugar, só preciso me lembrar qual é a estação do trem, o que não seria nada fácil, mas como sempre dizem " quem tem boca vai à Roma". Começo a ouvir uma barulhada e uns gritos vindo de dentro do corredor estreito, que provavelmente ia para alguma sala que eles guardavam e selecionavam as corujas. E logo mais dois homens surgiram correndo atrás de uma pequena coruja, que provavelmente estava recém sabendo voar, seus pequenos movimentos ainda eram incertos. Por azar ou sorte, ela acaba vindo em mim, talvez ela não tenha visto que eu estava bem em frente. Ela era branca com uma ou duas pintinhas pretas em suas asas, seus olhos eram amarelados, mas um amarelo esverdeado muito claro. Ela fica olhando para mim e tremendo, talvez estivesse com medo de algo. Então os dois homens se aproximam. —Ei, você ai. — eles falam apontando para mim e vindo na minha direção. — Você pode por favor devolver essa coruja? — Eu olho para ela, ela não parecia nem um pouco com quem estava com vontade de ir com ele. Então me viro para o dono. — Eu pago o que for preciso por ela. — Pelo menos aquela coruja foi a única que veio, não por vontade própria, mas também não fugiu, o que foi um bom começo. — Bem... Essa coruja é a Coruja das neves — o atendente faz os cálculos — Ela custa 100 $G — ele começa a novamente fazer novos cálculos — Provavelmente você irá precisar de uma gaiola e alimentos para ela, e com isso tudo irá sair por 150 $G. — Está bem, eu pago. — Eu falo bem seguro, mas na verdade eu não me lembrava se tinha alguma coisa, afinal eu dei um saco cheio para aquele velho das varinhas. Mas então me lembrei que eu sempre guardo reservas, então tiro do bolso e lhe entrego. Logo ele pede para que os outros caras se retirassem. Sem mais nada para fazer ali eu me dirijo até a porta de saída, quando o atendente me chama. — Não se esqueça que ele é macho. — eu olho bem para a coruja. — Bem... temos de providenciar um nome. — sorrio e saio do empório.